segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

No frigir dos ovos

Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce, mas não é mole, nem sempre você tem ideias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa.
E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas.
Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.
Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos.
Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.
Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.
O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.
Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco... 
Autor Desconhecido

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Risoto de Pinhão

Buenas...


Estou de volta, depois de mais de um ano sem postagens...
No retorno de minha viagem à Inglaterra, tive o prazer de fazer um curso de risotos com o Chef José Luiz de Souza. Maravilhoso. Eu recomendo...
Pois depois do curso, testando e brincando, me lembrei que sempre ouvi falar de um risoto de pinhão.
Após algum estudo fui ao trabalho.


Aí vai....


Ingredientes


1/2 Kg de pinhão, cozido e descascado.
2 Cebolas
1 Aipo
1 Cenoura
Pimenta Preta em grão
3 xícaras de arroz carnaroli
2 taças de vinho branco seco
50 g de manteiga em cubinhos
Sal e pimenta a gosto


Pinholino em ação



Após o cozimento do pinhão, em água e sal, reserve a água. Coe-a em filtro de café ou em um pano. Reserve...
Descasque o pinhão e reserve




Prepare um caldo com 2 L de água, 1 cebola picada grosseiramente, 1 cenoura, 1 aipo em pedaços (pode usar inclusive as folhas) e pimenta preta em grãos.
Misture com o caldo de pinhão e mantenha tudo quente.

Pique 1 cebola
Pique o pinhão em rodelas (reserve alguns inteiros para a decoração do prato).


Refogue a cebola em azeite extra-virgem
Adicione o arroz, frite ligeiramente e adicione as duas taças de vinho... Beba o que sobrar... Hehehehehe...
Assim que evaporar o vinho, adicione o pinhão.
Cubra o arroz com parte do caldo e vá mexendo.




É importante mexer o tempo todo para que os grãos, ao atritar uns aos outros, liberem o amido, dando a cremosidade típica do risoto.
A medida que for secando, adicione mais caldo, até o ponto desejado. Não deixe secar demais (o risoto deve ficar cremoso).
Teste o sal e adicione a manteiga.
Mexa bem e deixe descansar com a panela tampada por 1 minuto...




Decore com os pinhões inteiros e sirva com um bom filé e um bom vinho...






Bah...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Julie & Julia"



Gente,


Vejam que delícia este filme.
Estréia dia 27 de Novembro.


"Julie & Julia" intercala a vida de duas mulheres que, apesar de separadas pelo tempo e pelo espaço, estão ambas perdidas... até descobrirem que com a combinação certa de paixão, coragem e manteiga, tudo é possível. 



Direção: Nora Ephron
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Stanley Tucci (Paul Cushing Child), Mary Lynn Rajskub, Chris Messina, Meryl Streep (Julia Child), Amy Adams

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Arroz de Carreteiro de Carne de Churrasco

 

Uma das artes culinárias mais sensacionais é pegar os restos de um prato anteriormente preparado e recriá-lo. Alguns servem uma versão japonesa (SOBORÔ), outros preferem as versões francesas, (JATEVÍ ou RESTÔ DONTÊN). Pois agora irei lhes mostrar uma versão gaúcha, gaudéria... O mundialmente conhecido arroz de carreteiro (versão sobras de churrasco).

Ingredientes

 

1,5 Kg de aparas de carne de churrasco, sem ossos, gorduras ou fáscias
4 cebolas bem picadas
5 Tomates sem sementes e sem pele, bem picados
1 pacote ou lata de molho de tomate 
5 xícaras de arroz (cateto ou agulha)
2 litros de Caldo de Carne 
Azeite
Mostarda amarela
Sal e pimenta a gosto




Preparo

Pique a carne de churrasco em pequenos cubos
Aqueça três colheres de sopa de azeite
Frite a cebola até ficar transparente
Coloque o tomate
Adicione a carne
Refogue tudo por alguns minutos
Adicione o arroz
Frite bem


Adicione aos poucos o caldo de carne
À medida que for evaporando vá adicionando o caldo
Quando o arroz estiver próximo do ponto, coloque 3 colheres de sopa de mostarda amarela
Misture bem
Acerte o sal e a pimenta

Sirva com uma bela salada verde


Oigale tchê porquera!


É de lamber os bigodes...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

400 g Técnicas de Cozinha



Quatro profissionais para ninguém botar defeito se reuniram para fazer o primeiro livro brasileiro de técnicas de culinária. Uma obra inédita no país. E, como ninguém já nasce sabendo, ele vai facilitar sobremaneira a sua vida, principalmente na hora em que alguma receita pedir para branquear um espinafre, usar um tomate concassé ou fazer um fundo de crustáceo. São mais de 300 receitas entre molhos e sopas, saladas, ovos, acompanhamentos, carnes, panificação e confeitaria. "400g" une teoria e prática, e convida o leitor a experimentar os vários caminhos da cozinha para achar no final a sua própria expressão.

Acessem o site da Livraria Cultura.

Divirtam-se...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Batata Suiça à Marguerita



Mais um dia daqueles que se busca algo na geladeira e se decide na hora o que fazer.
Pois tentei algo que a tempo queria fazer. Uma batata à Suiça.
Claro que tive de decidir o recheio na hora. Pois tinha queijo (manteiga colonial e feta de ovelha), manjericão e tomates cerejas... Voilá... Decidido... Uma batata suiça recheada à la Marguerita...

Vamos à Receita.


Ingredientes

4 ou 5 batatas grandes
Tomates Cerejas
Manjericão
Queijo
Óleo de oliva


Preparo

Cozinhe as batatas em água. Não deixe cozinhar demais pois ficarão difíceis de ralar.
Rale as batatas em um ralador grosso. Reserve.
Corte os tomates em metades. Reserve.
Separe as folhas do manjericão. Reserve.
Rale o queijo em um ralador grosso. Reserve.



Montagem

Em uma frigideira grande, coloque duas colheres de azeite e espalhe metade da batata ralada, forrando o fundo. Salpique com sal e pimenta a gosto.
Coloque o queijo, os tomates e o manjericão, formando o recheio.
Coloque o restante da batata ralada.
Salpique com sal e pimenta a gosto.
Deite um fio de azeite por sobre a batata.
Ligue o fogo alto e deixe fritar por cerca de 3 minutos.



Coloque um prato raso grande sobre a batata e, com cuidado, vire.
Recoloque a batata, com o outro lado para baixo, na frigideira.
Veja que cor ficou o lado que fritou anteriormente.
Se ficou ao gosto, repita o tempo. Se ficou pálida, deixe mais tempo e repita o procedimento até que fique dourada dos dois lados.





Sirva...

domingo, 18 de outubro de 2009

Ratatouille de Pobre e Frango Grelhado


Não é nenhuma novidade que eu amo a cozinha francesa. Amo pela simplicidade e pela riqueza de sabores e aromas. Simplicidade sim. Não é por que cobram R$ 100,00 ou mais por um prato em um restaurante sofisticado que ela deixa de ser simples. O que encarece o prato em um restaurante é a estrutura, o maitre à entrada, as taças de cristal, os talheres em prata, o chef de renome e assim por diante.
Creio que o melhor exemplo disso é um dos pratos mais tradicionais da cozinha francesa, o RATATOUILLE. O prato já foi título de um maravilhoso filme em desenho animado da Disney (já citado aqui em meu blog). A palavra Ratatouille significa algo como resto de tudo em francês. Nós bem sabemos o que isso significa. A Carol mais do que ninguém... É a velha tática de abrir a geladeira, verificar o que tem e imaginar o que pode sair dali. Pois uma receita especialíssima de Ratatouille está no blog do jornalista do estadão, Saul Galvão, que infelizmente nos deixou em 09/09/2009.
Pois esta semana, ao chegar em casa abri a geladeira e verifiquei o que havia lá. Hmmmm... Berinjela, cebola, abobrinha... Peito de Frango, mostarda... Pois não dá para um Ratatouille como o do Saul, mas dá para o do Alvaro e da Pati. Então, mãos à obra...



Ratatouille de Pobre

Ingredientes

1 Abobrinha italiana (Zuchinni) picada em pedaços pequenos
1 Berinjela picada em pedaços pequenos
1 Cebola grande picada em pedaços grandes
1 Dente de alho
Azeite
Herbs de Provence
Sal e Pimenta a gosto
Preparo

Em uma frigideira grande coloque duas colheres de sopa de azeite
Frite o alho e a cebola, sem deixá-las tostar
Coloque a abobrinha e a berinjela
Mexa e polvilhe com a Herbs de Provence
Tempere com o sal e a pimenta a gosto



Frango Grelhado na Mostarda

Ingredientes

2 Peitos de frango sem pele e sem osso
Mostarda Amarela (Tipo Americana)
Sal e Pimenta
Preparo

Limpe os filés de peito
Faça pequenos cortes diagonais para penetrar o tempero
Tempere com sal e pimenta
Cubra com uma camada fina de mostarda dos dois lados
Coloque em uma grelha elétrica (se não tiver faça no forno)
Vire de vez em quando, pincelando a mostarda novamente.
Sirva quando adquirir uma coloração dourada.



Monte o prato com uma porção de Ratatouille e um Filé.
Sirva com um bom vinho

sábado, 17 de outubro de 2009

Macarrão ao molho de tomates, manjericão e queijo

Descuuulpeeemmm...

Estive um pouco afastado (um mês) por absoluta falta de tempo e paciência para escrever aqui. Pois vamos recomeçar... Hoje meu amor me convidou para sairmos para almoçar fora. Desci, entrei no carro e perguntei a ela "Que tal uma massa com tomates cerejas e manjericão? Com um bom vinho?". Pois ela topou... Voltamos para casa e fiz um dos pratos mais simples e saborosos do meu cardápio...

Vamos a ele.



Ingredientes

Tomates cereja cortados ao meio
Um punhado de folhas de manjericão
Queijo Feta - O queijo feta é um produto grego tradicional que se faz misturando leite de cabra e de ovelha. Tem um gosto excepcional, uma bonita cor branca, que não se deve a agentes branqueadores artificiais, e tem baixos níveis de gordura.  (se não tiver use o que achares melhor)
Meio pacote de macarrão penne tricolore
Sal e pimenta a gosto

Preparo

Ferva uma panela com água e dissolva um tablete de caldo de frango e um tablete de caldo de legumes.
Salgue a gosto e adicione uma colher de sopa de azeite.
Coloque o macarrão a cozinhar.
Enquanto isso prepare o molho.
Corte os tomates cereja em metades
Pique grosseiramente o manjericão.
Em uma frigideira grande coloque uma ou duas colheres de azeite e despeje os tomates cerejas e o manjericão.
Mexa um pouco e tempere com o sal e pimenta.
Para finalizar coloque o queijo Feta e misture. Não o cozinhe em fogo alto pois irá derreter demais.
Sirva uma porção de macarrão em um prato fundo e coloque uma colherada generosa do molho.

Sirva com um bom vinho...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Meu Dolmã Novo - Que Balaca...

Esta estória de cozinha está ficando séria.

Vejam a minha nova aquisição.


Um dolmã de chef, com bandana...

Vá ser balaqueiro assim lá na caixa prego... Hahahahahahaha...

Sopa Creme de Cogumelos



Ingredientes





6 Colheres de sopa de manteiga
1 Cebola média bem picada
250 g de cogumelos paris frescos
1 colher de sopa de farinha de trigo
2 xícaras de caldo de galinha
1 xícara de leite
¾ de xícara de creme de leite
Sal e Pimenta a gosto





Preparo


Em uma panela, derreta a manteiga e refogue a cebola. Junte os cogumelos e cozinhe-os por cerca de 3 ou 4 minutos. Adicione 1 xícara do caldo de galinha. Reserve.


Prepare um Roux (molho branco base) com a manteiga e a farinha de trigo, fritando-a em duas colheres de manteiga e adicionando o leite aos poucos. Bata vigorosamente com um fouet para não empelotar. Cozinhe o tempo necessário para desaparecer o sabor de farinha. Reserve.


Despeje uma xícara de caldo de galinha, o roux e os cogumelos em um liquidificador. Bata, adicionando o creme de leite aos poucos.



Retorne o creme para a panela e acerte o sal e a pimenta.

Sirva em um bowl, com fatias de cogumelos decorando.

Não esqueça de algumas torradinhas e uma taça de vinho tinto.